Smashing Pumpkins

Smashing Pumpkins
A Banda de Rock Gótico Psicodélico Smashing Pumpkins irão re-inventar o sucesso do album "Mellon Collie And The Infinite Sadness" dando continuação ao Novo single "Machina:Machines Of God" usando recursos do Sadness vai ficar show ein!by:Eric Bianchini

domingo, 17 de abril de 2011

Nova Polêmica! Novo Single da banda inglesa IRON MAIDEN Final Frontier.




Apesar dos tropeços, Final Frontier possui momentos bastante interessantes e seu maior trunfo está no novo patamar que a banda está levando o diálogo com suas influências progressivas.
Virou jargão entre a mídia especializada em Heavy Metal e entre centenas de fãs do estilo afirmar que oIron Maidendesde a volta de Bruce Dickinson e Adrian Smith, em 2001, nunca conseguiu lançar um disco equivalente aos seus clássicos dos anos oitenta, como Power Slave ouPiece of Mind. Para a opinião comum, o único trabalho que chega perto de ser uma obra prima é aquele que marcou a reestruturação do grupo deSteve Harris, o Brave New World.
Essa mentalidade média na cena metal também afirma que o Iron está em pleno declínio criativo, com canções que não fazem mais que plagiar as obras primas da época de ouro com discos cada vez mais frios e repletos daquela maldita sensação de deja vu. Estranhamente, quando os ingleses tentaram fazer algo realmente original em 1995, com o matador X-Factor, a maioria da mídia e dos fãs torceu o nariz, acusando-os de terem mudados de estilo…
Sou um cara que possui o Heavy Metal no DNA, mas sempre discordei da maioria das opiniões advogada pelos seguidores da musica pesada. Para mim,Headbangers são idênticos a fãs de futebol, não sabem ter uma opinião e muito menos expressá-la — basta ver o “grande nível” dos debates nos fóruns de música no meio virtual… Assim, quando lia na internet a maioria das criticas desmerecendo os últimos discos de estúdio do Maiden, ficava imaginando se tudo isso não passava de chiliques de garotos que ainda não sabiam ainda como lidar com suas diminutas doses de testosterona. Muitos dizem que o Dance of Death (2003) é frio, enquanto que o A Matter of Life and Death (2006), para outros, uma tremenda porcaria…
Pessoalmente, sempre considerei o supostamente genial Brave New World um disco sem sal. Para quem tinha a disposição três exímios guitarristas, a linha melódica está bem pobre e, retirando a bela atuação dos vocais de Bruce Dickinson e as linhas de baixo de Steve Harris, não há peso — requisito fundamental para um grupo de Metal. Embora o Dance of Death seja de fato bastante desigual, sua inferioridade precisa ser relativizada, pois nele há bons momentos: Paschandale, Montsegúr, No more Lies e a própria faixa título. Quanto ao AMOLAD, desde que o ouvi considero-o fenomenal; músicas pesadíssimas repletas de variações melódicas e três guitarristas que finalmente estavam se entendendo.
Agora a donzela de ferro lança um novo disco, Final Frontier, e mais uma vez a velha ladainha de que eles não conseguem lançar um bom trabalho como nos anos oitenta volta a ser repetida. Fico imaginando se estas criaturas não perceberam que estamos em 2010 e os anos oitenta passaram — o mundo da musica mudou e os paradigmas que regiam a composição de uma canção de Rock naquela época não são os mesmos de hoje.
Escutei o novo trabalho da Donzela bem depois de seu lançamento e de ter lido toda sorte de criticas sobre ele. São analises que o levam ao céu, igualando-o ao Somewhere in Time (que eu, aliás, detesto), ou que o jogam nas chamas do inferno, taxando-o como um trabalho tremendamente repetitivo.
O inicio do disco já dá uma idéia de como seria novo capitulo da nova saga. A faixa título começa com uma instigante e frenética linha de baixo de Steve Harris, seguido de batidas tribais (!) e uma bateria seguindo uma pulsão rítmica ainda não usada por Macbrain; a intenção é dar ao ouvinte uma sensação de urgência, de desespero. Então temos um silêncio… Finalmente entra voz deDickinson sendo guiada pelo tema inicial que, num crescendo dramático, resvala abruptamente para a segunda parte da musica, um bem executadohard rock — todas essas variações de climas e mesclas melódicas poderiam muito bem estar num disco de rock progressivo.
A segunda faixa, El Dolrado, não é nenhuma obra prima, mas possui um bomriff “cavalgado”, bem típico de Mr. Harris. A linha vocal em alguns momentos, chega a parecer com a técnica vocal de Rob Halford.
Agora entramos com a medíocre Mother of Mercy e seu refrão tremendamente enjoado. A balada, Coming Home, apresenta um riff inicial bastante interessante, nada mais. Considero-a abaixo da qualidade de sua antecessoraOut Of the Shadows. Logo em seguida temos a tentativa mal sucedida de recriar Aces Hight, chamada The Alcemist.
Há essa altura eu já estava ficando desanimado. Esse disco tem mais erros que acertos, como o Dance of Death? Mas então é a vez da bem construídaIsle of Avalon, tem o estilo que o Iron vinha desenvolvendo nos últimos anos, com musicas de inicio calmo que vão ganhando uma intensidade crescente para em seguida tomar o rumo de um poderoso Heavy Metal — nada de novo até ai. A novidade da canção começa quando chegamos na parte instrumental, com um riff bem Hard rock, guiado por uma linha quebrada de bateria e um solo de guitarras notadamente inspirado no Jazz, ou seja, rock progressivo…  A próxima também não fica atrás, Star Blind, tem o mesmo raciocínio da anterior, com um inicio calmo, mas intenso, que logo deixa terreno para pesadas guitarras, uma levada de bateria de tempos quebrados e a presença discreta de teclados. Na parte instrumental mais uma vez somos assaltados por um arranjo bem rocker nas guitarras, baterias não lineares e solosjazzísticos — parece que finalmente Steve Harris resolveu deixar explicito sua influência de Jethro Tull.
Infelizmente os erros de The Final Frontier não se restringem a Mother of Mercy, Coming Home e The AlcemistThe Talisman é a pior canção do disco. Inicio com um dedilhado sem graça que deixa lugar para um arranjo vagabundo de guitarras — desses que todo guitarrista aprendiz “cria” quando está dando uma de compositor. A impressão que tenho é que o grupo a escreveu de qualquer jeito e colocou-a no disco apenas para tapar um buraco — algo equivalente á horrível Lord of Light no A Matter Of Life And Death.
A qualidade volta com A Man Who Should be a King e o encerramento em grande estilo com a belíssima When a Wild Wind Blows, de “apenas” onze minutos. Uma canção que se equipara a sua antecessora e não menos ótimaThe Legacy e outras mais antigascomo The Rimer of Ancient Mariner, Alexander The Great e Sign fo The CrossWhen The Wild possui um ótimo dedilhado inicial, bons arranjos e vários climas que se alternam no decorrer da musica dando ao ouvinte uma atmosfera cativante. Essa com certeza é a melhor faixa do disco. Parece-me que os tiozinhos da Donzela estão ficando especialistas em fechar seus trabalhos com canções grandiosas e épicas.
Apesar dos tropeços, Final Frontier possui momentos bastante interessantes e seu maior trunfo está no novo patamar que a banda está levando o diálogo com suas influências progressivas. Não é um disco melhor que o antecessor e muito menos pode se equiparar a um The Number Of the Beast. Entretanto, é superior ao mal sucedido Dance of Death e, muita gente vai discordar, aoBrave New World.
Final Frontier, portanto, faz parte de uma nova etapa da vida musical do Iron Maiden, em que Steve Harris e companhia estão, desde o A Matter, procurando explorar novos temas melódicos e aglutinando á consagrada sonoridade do grupo influências que antes não apareciam de maneira tão explicita em suas composições. Arrisco dizer que essa nova do Iron Maiden está levando-o a tornar-se uma banda de Metal Progressivo.
Será um clássico? Será esquecido? È impossível inferir. Quando o Killers foi lançado em 1981, algum critico da época se atreveu a dizer que ele mudaria para sempre a historia do Rock? Eu duvido.

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